RECEITAS
Mineiridade
Chef Wessery Zago
Bolinho de Chuva recheado com espuma de café aerado na caminha de doce de leite
e geleia de laranja suave da Expressar Goumert
Aí está Minas: a mineiridade, Guimarães Rosa
A mineiridade é a tradição e a liberdade, ainda que tardia. É a cultura das festas religiosas, a convivência familiar e a cultura das quitandeiras, representada nesse preparo com o bolinho de chuva com um olhar de resgate dos saberes e do antigo modo de comer e fazer. Do fazer com as mãos e do comer com as mãos.
A mineiridade é o afeto e a hospitalidade da gente mineira. É o cheiro do bom café coado na hora e do bolo de fubá que sai do forno.
A mineiridade é a doçaria mineira da goiabada, da bananada, do doce de leite, do doce de abóbora com coco e da ambrosia.
A mineiridade é a música, o barroco, a natureza, a cozinha e a fé.
Ingredientes do Bolinho de Chuva
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2 ovos
180 g de açúcar refinado (uma xícara)
240 ml de leite (uma xícara chá)
2 e 1/2 xícaras de farinha de trigo
14 g de fermento em pó (uma colher sopa)
40 g de açúcar para polvilhar (três colheres sopa)
10 g de canela para polvilhar (uma colher sopa)
1 litro de óleo de soja
Ingredientes do Creme de Café Aerado
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1 litro de água
100 g de café extra forte ou artesanal
250 g de rapadura de cidra, abóbora ou dura
60 ml de vinagre balsâmico
0,5% de goma xantana
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Modo de Preparo do Creme de Café Areado
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Coe um café forte e reserve. Numa panela alta, adicione o café coado e a rapadura. Reduza à 50%. Adicione o vinagre balsâmico e abaixe o fogo por 2 minutos.
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Em um cifão termo adicione o molho de café, a goma xantana. Lacre bem o cifão, coloque o gás. Agite bem e injete no centro do bolinho de chuva.
Ingredientes do Empratamento
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300 g de doce de leite
1 pote de geleia de laranja suave da Expressar Goumert
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Empratamento
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Faça um caminho de doce de leite, aplique bolhas da geleia de laranja suave da Expressar Goumert, porcione os bolinhos, aplique porções do creme de café aerado sobre cada bolinho e finalize com brotos e flores comestíveis.
Modo de Preparo do Bolinho de Chuva
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Em um recipiente misture bem todos os ingredientes até conseguir uma massa homogênea e com textura cremosa.
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Aqueça o óleo em uma panela grande e alta. Os bolinhos de chuva devem boiar no óleo para que tenham a consistência ideal. Para colocá-los na panela, use uma colher e para manuseá-los e retirá-los, uma espumadeira grande.
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Quando o óleo estiver bem quente a 170º C, comece a colocar pequenas quantidades da massa e frite-os até que fiquem dourados. Não coloque muitos bolinhos simultaneamente. A quantidade vai depender do tamanho de sua panela.
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Forre um prato com papel absorvente para colocar os bolinhos de chuva fofinhos quando já fritos.
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Em outra tigela, misture a canela e o açúcar e polvilhe sobre os bolinhos já fritos, preferencialmente ainda quentes.
Farofa do cerrado
Chef`s Alana Sena e Vinícius Curtts
Farofa do cerrado com costelinha, geleia de jabuticaba e vinagrete picante
Maiúsculo lugar
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Eu amo o cerrado pelo que é o cerrado
Pelo fascínio na razão ao lhe conhecer
Sem importar se árido é o teu cercado
Se és diversificado e gigante no haver
Eu amo o cerrado, a tua dura natureza
O teu pôr do sol que a beleza proverá
Canto a canto tuas flores, bela certeza
Buritis, pequis, no planalto encontrará
O cerado é agrado, é só saber amá-lo
Ipês floridos, na seca, um doce regalo
E quem o conhece quer sempre voltar
É apreciar, dum cinza ao pó magenta
E nas chuvas o verde então apresenta
O cerrado Brasileiro, maiúsculo lugar!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24, novembro, 2021 – Araguari, MG
Ingredientes da Costelinha
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1,5 kg de costelinha de porco cortadas em tamanhos pequenos
1 lata de cerveja preta
1 lata de cerveja pilsen
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto
150 ml geleia de jabuticaba vovó Helê
200 ml óleo de soja
1 litro de água
Modo de Preparo da Costelinha
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Tempere a costelinha com a cerveja preta e pilsen, sal e pimenta do reino a gosto. Deixe marinar por 4 horas.
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Coloque as costelas no óleo quente e deixe fritar até dourar. Quando estiverem douradas, acrescente água aos poucos, até cobrir e espere secar a água, repetindo o processo "pinga e frita" até ficarem bem macias.
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Acrescente a geleia de jabuticaba e incorpore.
Ingredientes da Farofa do Cerrado
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500 g farinha de mandioca
50 ml óleo de pequi
50 g pequi em lascas
50 g castanha de pequi
50 g castanha de baru
Sal a gosto
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Modo de Preparo da Farofa do Cerrado
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Em uma panela aqueça o óleo de pequi e acrescente as castanhas já quebradas e as lascas de pequi. Mexa para soltar aroma e sabor. Logo após acrescente a farinha de mandioca e mexa até ficar uma farofa crocante, sempre em fogo baixo. Ajuste o sal a gosto.
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Empratamento
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Faça uma caminha de farofa, coloque 2 pedaços de costelinha, finalize com quiabo tostado na frigideira, vinagrete picante e brotos.
Arroz de taioba
Chef Fernanda Fonseca
Arroz de taioba com costelinha e farofa de torresmo
Ingredientes
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1 xícara de arroz branco
4 folhas de taioba rasgada (não usar faca)
1 cebola picada
3 dentes de alho picado
100 g de manteiga
1 kg de costelinha cozida e desfiada
2 xícaras de caldo de legumes ou de carne (guardar o da costelinha cozida)
100 g de torresmo pururuca
Modo de Preparo do Arroz
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Refogar o alho, a cebola e a taioba na manteiga, depois incluir o arroz. Depois de bem refogada acrescentar o caldo da costela e a costelinha desfiada, deixar cozinhar.
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Farofa de Torresmo
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Passar o torresmo no mixer ou em um pilão, fazendo uma farofinha.
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Empratamento
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Colocar a farofinha de torresmo por cima e decorar com flores comestíveis.
Do Cerrado ao Vale do Aço
Chef's Mariana Penna e Mariana Gontijo
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Do Cerrado ao Vale do Aço
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Do Sertão Cerratense, brotam os resilientes frutos que nutrem aqueles por lá se arriscam e que arriscam a romper as barreiras do mundo. Desse berço, Mariana Gontijo, traz o embornal cheio de riquezas da terra.
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Do doce vale que leva nome do rio, e que abraça o Vale do Aço de Mariana Penna, chega a mangada e o porco, para se juntarem às castanhas e especiarias.
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Dos sonhos de ambas em cozinharem um destino para suas vidas entre as panelas, nasce esse prato cheio de origem, história, trabalho de gente nossa e feminilidade.
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Afinal, a cozinha mineira é feminina e ancestral!
Ingredientes da Crosta
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600 g de baru torrado e moído
600 g de castanha de pequi levemente triturada
Quanto baste de mangada cremosa
1 ramo de alecrim
Quanto baste de pimenta de macaco
Quanto baste de sal
Modo de Preparo da Crosta
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Em uma panela, em fogo baixo, misture todos os ingredientes se atentando para ajustar os sabores, pois a mangada já é adoçada.
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Tempere de forma intuitiva e a gosto. Deixe reduzir até que fique com uma textura fluida e brilhante. Retire as especiarias, processe em um mixer ou processador e coe.
Ingredientes da Barriga de Porco
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4 kg de barriga de porco
30 g de sal
Quanto baste de pimenta do reino
10 folhas de louro
1 colher de sobremesa de de erva-doce
90 ml de cachaça (2 copinhos)
2 limões (limão-rosa ou taiti)
2 dentes de alho (grandes) ralados bem fininho
1/2 cebola cortada em cubinhos
Quanto baste de manteiga
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Modo de Preparo
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Em um tabuleiro grande, coloque a barriga de porco com o lado da carne para cima. Comece banhando a barriga na cachaça, pra tirar toda a mágoa do porco. Misture os temperos e especiarias fazendo uma “pastinha” e esfregue bem em toda a carne. Coloque a cebola por último. Enrole a barriga com os temperos em plástico filme e deixe descansar na geladeira por 24h.
No dia seguinte, corte o plástico e disponha a barriga no tabuleiro com a pele para cima. Tampe com papel alumínio e asse lentamente por 1h30 a 2h, a 130º C.
Após assada, pincele um pouco de mangada sobre a barriga e acrescente a farofa de castanhas do Cerrado.
Leve ao forno pré-aquecido a 220º C até dourar.
Para servir, corte em tiras ou quadrados, preservando ao máximo a crosta, e finalize com um fio do molho e microverdes.​